O
Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) terá que explicar a origem do
esgoto que é mostrado na foto de Ernesto Galiotto, de 2008. Terá que explicar a
origem de uma língua negra que, neste ano de 2011, atingiu a Ilha do Papagaio,
como testemunhado por um canoísta.
O
Consórcio argumenta que o que acontece na Lagoa de Araruama, nas lagunas Cabo
Frio e Maracanã e em praias na Região dos Lagos não é consequência do derrame
de esgoto in natura no sistema de coleta de esgoto em tempo seco.
Talvez,
como caso único de emissários submarinos, o que sai da boca de um dito cujo
instalado em Rio das Ostras não termine por poluir as praias no caminho da
corrente marítima.
O CILSJ terá que explicar qual a
origem dos coliformes fecais que foram encontrados pelo Instituto Estadual do
Ambiente (INEA) nas praias e nas datas indicadas nos boletins que divulga. Das 44
praias listadas 24 estão interditadas e em 20 há a recomendação “Evitar o banho
até 24 horas após chuvas”, inclusive a do Peró.
É
impossível desmentir o depoimento de um canoísta que descreveu sua experiência
em outubro de 2010: “Quando fiz a travessia de 42 km entre o centro de Araruama
e a Ogiva, certamente não foi a passeio... Queria conhecer de perto como a lagoa
está hoje... O risco de contaminação é iminente e visível. O odor em alguns
pontos beira ao insuportável... em alguns pontos, estamos no esgoto "in
natura".
O
CILSJ terá que explicar o que se vê nas fotos enviadas em 25/05/2011, a este
colunista, pelo fotógrafo Antônio Ângelo Trindade Marques com a seguinte nota:
“Estas imagens foram feitas no domingo passado do mirante Américo Vespúcio, uma
constante após Semana Santa. Envio outras do mesmo local e data para que possa
usá-las como quiser”.
Que o secretário-executivo do CISLJ explique
essas coisas, sem confundir xingamento com juízo de valor.
Parafraseando Ronald Reagan (“Sr.
Gorbachev, derrube esse muro!”), Sr. Governador, feche esse Consorcio.
25/05/2011
Ernesto Lindgren
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