Na sessão de terça-feira (24/05) o vereador
Messias, sem citar meu nome, se referiu à minha visita ao CRAS do Cruzeiro,
Rasa. Como ele recebeu informação distorcida, ou torceu ele mesmo os fatos,
alguns esclarecimentos precisam ser feitos.
Em primeiro lugar, eu não "invadi"
nenhuma repartição pública, como o vereador afirmou. Isso não é, e nunca foi do
meu feitio. O que aconteceu é que, passando pelo local, vi um guarda municipal
em frente de uma casa sem nenhuma placa indicando tratar-se de um órgão
público. Parei e perguntei ao guarda o que funcionava ali. Informado que era o
CRAS da Rasa, pedi autorização para entrar, apesar de o portão estar aberto.
Em segundo lugar, não entrei fotogrando tudo como
disse o vereador. O que aconteceu foi que, ao entrar, vislumbrei o mural acima
(ver foto). Como estava com pressa e não tinha tempo para lê-lo, resolvi
fotografá-lo. Esta foi a única foto que tirei, pois logo em seguida fui
abordado por uma funcionária que, educadamente, me convidou para conhecer o
resto das instalações. Em nenhum momento ela reclamou da foto, que parece
incomodar ao vereador. Agradeci, mas declinei do convite por estar, como disse
acima, atrasado para outro compromisso. Disse-lhe que em outra ocasião voltaria
para saber dos projetos que o órgão tem para o povo tão necessitado do bairro.
Por ter encontrado um amigo que não vejo há muito
tempo parei, a poucos metros dali, para conversar com ele. Logo em seguida, sai
do CRAS uma senhora chamada Nívea, reafirmando o convite para conhecer os
projetos desenvolvidos pelo órgão. Como ela disse que me conhecia, que sabia do
meu blog, coisa e tal, percebi que estava preocupada que eu fosse postar alguma
matéria. Tentei tranquilizá-la dizendo que não era essa a minha intenção, mas
falei da necessidade de que se colocasse uma placa para que a população pudesse
saber que ali funcionava um setor da Assistência Social municipal. Um CRAS
clandestino interessa a quem, vereador?
O que se quer esconder, vereador? Que o CRAS
clandestino da Rasa não faz nada? O mural, muito bonitinho, com florzinha e
borboletinha, revela que a secretaria não tem nenhuma política pública para o
bairro, a não ser distribuir cestas básicas. Quer se esconder o convite para
evento na Igreja Metodista de Manguinhos, vereador? Não é a igreja que o
prefeito, a primeira-dama-secretária e o vereador frequentam? O órgão está
sendo usado para arregimentar fiéis?
Para finalizar, não me sinto uma autoridade
constituída, um vereador, como afirmou o vereador Messias. E o dia que for vereador, com certeza, não serei um
vereador como o senhor tem sido: defendendo um desgoverno como o que temos;
sendo cínico, afirmando que, como o prefeito, também convidaria amigos com
cartas convites para licitação; incoerente, defendendo o fim da CIP num
governo, quando é oposição, e a volta dela, quando é situação; aprovando as
contas de um prefeito, que afirma ter roubado o erário público; votando a favor
da Lei Princesa; votando sem ler, a pedido, a Lei 17 ("no mais tudo
bem"); e enchendo a Secretaria de Habitação, quando secretário, de
parentes e gente da igreja, não fazendo nada de útil nela. Com certeza
vereador, não faria do meu mandato o que o senhor faz do seu.
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