sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A entrevista de Toninho no “O Perú Molhado” (Abril de 2010)

Post 015 do blig
Data de publicação: 12/04/2010  21:34

Toninho tira onda com a câmara de vereadores dizendo que eles lhe deram um “título de idoneidade” e que reconheceram seu “excelente trabalho”. Nunca antes na história de Búzios uma conta de gestão foi aprovada por unanimidade! Ao votar pela aprovação das contas de 2008 – último ano da administração Toninho – os vereadoes da base (?) de Mirinho deixaram o seu governo com saia justa. Como justificar a “herança maldita” usada para explicar a completa inação governamental de 2009? A dívida herdada de mais de R$ 30 milhões – o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal – que o governo vivia alardeando nunca existiu, pelo menos para os vereadores da base. Ou seja, o governo Mirinho, para eles, passou o ano inteiro mentindo para a população.

Na realidade, os fatos são outros. Quem ler a ata da 88ª sessão ordinária do TCE-RJ (http://www.tce.rj.gov.br/) do dia 10/12/2009 em que foi discutido o parecer prévio contrário do relator José Gomes (JGG) vai ficar sabendo que Toninho deixou sim déficit financeiro – considerado como uma irregularidade, entre outras. As outras são: má utilização dos recursos dos royalties e uso indevido de verbas do programa de saúde de família. Além destas irregularidades, o relator apontou 17 impropriedades. Os conselheiros Jonas Lopes (JLCJ) e Aluisio Gama (AGS) revisaram o relatório transformando as irregularidades – má utilização dos recursos dos royalties e déficit financeiro – em simples impropriedades. Na questão do déficit, os dois conselheiros foram convencidos pela defesa de Toninho de que ele se esforçou durante os quatro anos de governo para pagar o déficit herdado de Mirinho. Mesmo assim, os dois defenderam a rejeição das contas, saindo vitoriosos por 3X2.

Então como explicar a posição dos vereadores? Uma pista o próprio prefeito dá na entrevista. Ele diz que nestas eleições vai apoiar Adrian Mussi do PMDB e Marcos Abraão do PT do B. O vereador Lorram – presidente da Comissão de Finanças e Licitação que elaborou o parecer – é filiado ao PT do B. Como o mandato é do partido (fidelidade partidária) …

Em tempo: no mesmo jornal o vereador Lorram afirma erroneamente que o relator das contas de Toninho de 2008 foi o conselheiro Júlio Rabello. O relator foi José Gomes Graciosa. Para um presidente de Comissão é um erro grave. Pior ainda: afirma existir um conselheiro/relator, um conselheiro relator/revisor e um conselheiro/revisor. Na verdade só existe o conselheiro relator sorteado para cada processo. Ao discordar do relatório apresentado qualquer conselheiro pode fazer revisão dele.

Comentários (1):

1. 14/04/2010 às 14:19
luiz do pt disse:

Encontrei o vereador Lorram no trânsito. Eu teria dito que foi ele o relator do parecer da Câmara, o que não é verdadeiro. Na verdade, o que eu disse é que ele é o presidente da Comissão que elaborou o parecer. Mesmo tendo um relator (que todos sabem ter sido o vereador Leandro) o parecer é oriundo da Comissão. Esperando ter esclarecido, agradeço o acesso ao blog.

Meu comentário atual:
Toninho teve três contas julgadas nesta legislatura. A primeira conta - de 2006- foi reprovada pelos vereadores. Parece que o calor da disputa eleitoral ainda estava muito presente. Também parece que um ser muito vingativo trabalhou para dar o troco. Depois de ter conseguido que o ex-prefeito passasse pelo que ele passou - e que ainda passa- liberou os seus para votar como quisessem. Talvez seja só por isso que Toninho teve duas contas completamente irregulares aprovadas. Isso são só hipóteses. Circulam boatos sobre outras hipóteses não muito republicanas. Talvez só boatos.
015-174

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