sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Loteamento da prefeitura

Post 018 do blig
Data de publicação: 15/04/2010 - 21:22

Durante a campanha eleitoral de 2004 o prefeito Mirinho Braga fez uma série de alertas sobre o significado da possível eleição de Toninho. Disse que ele estava “comprometido com todo tipo de coisa ruim nesta cidade (coordenadores de sua campanha)… A nata de sua coordenação, com certeza, são pessoas envolvidas com outros interesses, como a mudança da lei do uso do solo… Se o prefeito de Búzios for desonesto, ele pode ficar milionário com a mudança na lei do uso do solo, é só ceder a estas pressões… É preciso impedir a venda de Búzios.Venderam em 1996, em 2000, e não entregaram… agora (2004) estão tentando vender de novo”. Toninho teria feito acordo para “vender a cidade” (O Perú Molhado, 06/02/2004). Conclui, fazendo um prognóstico que não se realizou: “a população buziana é politizada e não vai ser enganada por eles” (idem). A população de Búzios se mostrou muito pouco politizada, segundo os parâmetros de Mirinho: Toninho ganhou a eleição e com uma boa diferença de votos.

Depois da eleição, derrotado, continuou fazendo suas análises. Numa delas se revelou profético: “prefiro defender meus ideais em relação à cidade do que me aliar a estas pessoas (cita Otavinho como uma delas) para ganhar uma eleição e depois não conseguir governar. Vocês vão ver, o tempo vai mostrar o que eu estou dizendo aqui” (O Perú Molhado, 12/11/2004). Toninho fez um desgoverno desastroso, tantos eram os interesses da oligarquia que precisavam ser atendidos.

Três anos depois, Mirinho faz um diagnóstico certeiro das causas que impediram Toninho governar: ”o atual prefeito teve que fazer tantos acordos para conseguir a sua eleição que agora está com os pés e as mãos atados, pois tem que respeitar a turma que investiu nele e, por isso, acabou ocupando cargos na administração municipal. Sou totalmente contrário a essa troca de favores. O PDT também não aceita isso” (Mirinho, Jornal Primeira Hora, 24/01/2007).

Conclui, apontando as consequências desses acordos “que, certamente, são impublicáveis“ : “em função de acordos feitos no período eleitoral a prefeitura foi loteada sem o menor respeito pela hierarquia ou pela ordem administrativa. Numa secretaria manda fulano, na outra beltrano e mais adiante não se sabe direito quem manda o que ou em que” (Mirinho, Jornal Domingo, 10/06/2007).

Isso tudo não estaria ocorrendo também no seu governo atual? O secretário de turismo chamou o coordenador de cultura de incompetente e não o demitiu, por que? Se o coordenador de cultura não é incompetente, quem teria que ser demitido é o secretário. Por que o senhor não fez isso?

Meu comentário atual:

Mirinho consegue explicar muito bem o governo Mirinho. Não resolve nada porque está amarrado a acordos pré-eleitorais como seu antecessor. A história se repete. E como dizia o velho Marx, agora como farsa. 
018-177

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