domingo, 24 de outubro de 2010

Recordar é viver, introdução, I, II, III e IV

Post 061 do blig
Data de publicação: 27/05/2010 17:47

Recordar é viver (introdução)

Como já disse o grande Tito Rosemberg a política em Búzios é “pornográfica”. Concordamos com ele. Acreditamos que muitos acordos feitos por serem espúrios são impublicáveis, assim como a pornografia. Como quase sempre a pornografia assume caráter de atividade comercial, a atividade política em Búzios, em muitos casos, também se assemelha a comércio. Na atividade comercial o que interessa fundamentalmente é o lucro, pouco importando princípios ou coerência.

Estamos criando esta coluna justamente para discutir a coerência de nossos politicos. Sabemos que a coerência de um político é diretamente proporcional à sua honestidade. Por que determinadas posições do passado são abandonadas sem mais nem menos? O que se ganha com isso? O que a cidade ganha com isso? Passa-se do apoio a um governo para o apoio a outro governo na maior cara de pau, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Defendem-se princípios com unhas e dentes para, mais tarde, defender-se princípios diametralmente opostos, sem a mínima mediação. Autocrítica não faz mal a ninguém, mas isso requer uma justificativa, um conjunto de razões que explique a mudança. Caso contrário, fica parecendo puro oportunismo.
Post 062 do blig
Data da publicação: 27/05/2010 17:59

Recordar é viver I

Felipe Lopes
Com o título “Mirinho é um ditador” o jornal O Buziano, de 02 de abril de 2004, traz entrevista com Felipe Lopes. Ele critica a atitude do prefeito ao intimar seus funcionários a apoiarem publicamente sua pré-candidata Maria Alice. Felipe diz que ficou “assustado e indignado com essa atitude, porque o que o prefeito fez é inaceitável, é crime eleitoral. É uma maneira disfarçada de comprar voto, chantageando o salário do trabalhador para eleger sua candidata“. Coagir os funcionários a apoiar Maria Alice é “antidemocrático“. O prefeito chantagia os funcionários para conseguir esse apoio à força. “Isso vai contra todos os princípios da democracia“. Hoje, o que nós vemos entre os funcionários é medo. Mirinho disse que não toleraria cargos de confiança com a oposição. “Por isto muita gente está se afastando dos colegas com medo de ser visto com um colega de oposição e ser mal interpretado e acabar perdendo o emprego. Até as amizades o governo está tentando condicionar“. Isso é o mesmo que dizer: “eu te pago para fazer o que eu mando e você não tem o direito de pensar… é o cúmulo do absurdo” (O Buziano, 02/04/2004)
O que mudou, o prefeito ou Felipe Lopes? O prefeito deixou de ser ditador? Ou o prefeito continua ditador mas Felipe Lopes (hoje vereador da base do prefeito) não vê mais problema nenhum nisso? Ou tudo o que Felipe Lopes disse na entrevista não era verdade? 
Comentários (1):
1. 28/05/2010 às 06:42
jmathiel disse:
ALGUNS OBRIGAM COMISSIONADO A COLOCAR ADESIVO DE PROPAGANDA ELEITORAL EM CARRO, MOTO, BICICLETA, TRICICLO, CARROÇA, CAVALO, BURRO…

Post 063 do blig
Data da publicação: 27/05/2010 18:12
Recordar é viver II

Mirinho
Somos diferentes em tudo… Temos projetos e estilos diferentes“…”o que membros do governo atual pretendem é mostrar que somos farinha do mesmo saco. Isso é impossível, pois o povo buziano sabe bem as diferenças entre Mirinho e Toninho… (Estas diferenças) “são moralmente profundas. Mas uma coisa é certa: no meu governo não se falava de corrupção e o prefeito tinha autoridade” (Mirinho, Jornal Primeira Hora, 15/03/07) 
Sem comentários.
Comentários (1):

1. 28/05/2010 às 6:38
jmathiel disse:

MELHOR PROFISSÃO NÃO É JOGADOR NEM CANTOR…É COMEDIANTE…NOSSOS POLÍTICOS SÃO COLABORADORES DIÁRIOS E SEM CUSTO…
Post 065 do blig
Data da publicação: 29/05/2010 23:57

Recordar é viver III

Chita
Perguntado se achava Soca um bom candidato para a colônia, Chita respondeu: “Acho ele um excelente candidato, no entanto, entendo que para tocar uma entidade como a colônia, tem que estar desvinculado de governo“. O entrevistador Marcelo insiste no tema: “Mas você está vinculado a Mirinho e a oposição?”. Chita responde: “Olha só, quando chegar a época de eleições eu me afasto da colônia, não vou fazer trabalho em cima da entidade. Como eleitor, tenho a prerrogativa de votar e apoiar quem eu quiser. O que não posso é usar a entidade como correia de transmissão de governo ou de políticos“. (Entrevista dada ao Jornal O Perú Molhado, 12/01/2007, logo após ser eleito presidente da Colônia de Pescadores Z-23) 
Companheiro Chita, sua posição atual – presidente da colônia e coordenador da unidade de produção e desenvolvimento da pesca do governo – é moralmente insustentável. Numa possível manifestação dos pescadores contra o governo, de que lado você estará? Estar no governo não é fazer tudo o que for possível para que o conflito não ocorra?
Comentários (4):

1. 30/05/2010 às 5:24
j mathiel disse:

PRESIDENTE DO PT – CF É COORDENADOR DE MEIO-AMBIENTE…ASSUNTO FOI ENCAMINHADO AO CONSELHO DE ÉTICA…
2. 31/05/2010 às 10:00
monicas werkhauser disse:
Luiz a materia com o Chita toca num ponto que discuti uma hora com os pescadores no bar do Tinho. É incoerente e imoral o Chita estar em tres lugares diferentes e não tomando posição de nada. Sei que o slário de quase 3.000,00
faz a diferença.
3. 06/06/2010 às 19:20
Jose Figueiredo Sena disse:
Luiz , é muito simples a resposta desta nateria.
” Faça o que eu mando, mais não faça o que eu faço ”
Até mais
Sena

4. 06/06/2010 às 19:21
Jose Figueiredo Sena disse:

” “
Post 087 do blig
Data da publicação: 21/06/2010 22:00

Recordar é viver IV

Ruy Borba

Depois das eleições de 2004, o atual Chefe do Gabinete de Planejamento, Orçamento e Gestão, Ruy Borba, sob o pseudônimo  Tiago Ferreira, fez uma avaliação do resultado eleitoral. Para apontar as causas da derrota da candidata do governo, Maria Alice, Ruy Borba/Tiago Ferreira  se viu obrigado a também fazer uma análise do governo Mirinho. Eis o que ele escreveu à época:
Mirinho “perdeu porque não cumpriu com aqueles que seriam os doze motivos para nele votar. Perdeu porque se distanciou daquela parcela do povo que lhe dera sustentação. Perdeu com os seus mais novos amigos”. Justamente a falta de investimentos sociais transformaram-se em “calcanhar de Aquiles” do governo Mirinho. “Saúde, saneamento básico, descaso com as populações periféricas e baixa qualidade do ensino, tudo exibindo ‘precarização’ (não prevaricação, que também pode ter ocorrido) nos serviços, acabou por emergir na memória coletiva do eleitorado”. A falta de investimentos sociais “certamente se confunde com um clientelismo recorrente, praticado. Este, sim, que não é capaz de formar uma parceria de resultados”. “O grande André Malraux, o de ‘La Condition Humaine’, dizia que é estúpido o rei que somente constrói o reino. Importante é fazê-lo funcionar. Que o povo ganhe bem estar”.
O sistema viário é o mesmo. No verão próximo, os congestionamentos devem permanecer com  tendência de piora. O sistema de transporte coletivo é ineficiente, não atende a população. Não se preservou área alguma. A cidade foi loteada e dissecada, sem que se tivesse tido os cuidados de uma anatomia. A estrutura organizacional mais parece um labirinto. É o Quasimodo de Notre Dame, sem a ternura do Corcunda. Parece-se com um ‘acomodograma’ de acólitos”.
As promessas de campanha distribuídas com “muita pompa e circunstâncias, ganham o destino da lixeira, antes mesmo da posse, para que não se constituam em provas de ‘estelionato eleitoral’. Falta carisma. Falta empatia. Falta seriedade. Falta compromisso. E daí surge o ‘Tempo como o Senhor da Razão’, que se revela nas urnas”.
Membros do grupo político do prefeito Mirinho “teriam acionado o Judiciário, porque se padece de uma susceptibilidade exacerbada abaixo dos trópicos. Todos, sem exceção, se transformam pelo exercício do poder, abaixo dos trópicos, em ‘sensitivos-mimosos-nãometoques’ “ (Tiago Ferreira, Coluna Observatório,Jornal Primeira Hora, 24/11/04).
Sr. Ruy Borba, quem mudou, o senhor ou o prefeito? Me parece que o prefeito não mudou. Ele continua sem realizar suas promessas de campanha. Um novo “estelionato eleitoral”? O prefeito se distanciou da sua base de sustentação para se aproximar de seus “novos amigos”? A cidade mais uma vez foi “loteada e dissecada”? Está claro que continuam faltando investimentos sociais. Quase todo orçamento é usado para a folha e o custeio da máquina administrativa. Todos os serviços públicos (saúde, saneamento e educação) permanecem “precários”. O “descaso” com as populações periféricas é o mesmo. O “clientelismo” é recorrente. O sistema de transporte coletivo ainda é “ineficiente” e a estrutura administrativa ainda é um “acomodograma”.
Senhor Ruy Borba, o que o senhor faz num governo com as mesmas características que tanto criticou em 2004 ? Acredito que o senhor não tenha se tornado também um “sensitivo-mimoso-nãometoques”, apesar de ter dito, no texto citado, que, como ocorreu com os membros do grupo político do prefeito Mirinho, “todos, sem exceção, se transformam pelo exercício do poder, abaixo dos trópicos, em ’sensitivos-mimosos-nãometoques’ “. 
Comentários (1):
1. 22/06/2010 às 1:07
jose figueiredo sena

Comotátú Luiz
    Lendo esta matéria, não da para ” ACREDITAR “,

    167 (061, 062, 063, 065, 087)

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