O desempenho de Paulo Melo nestas eleições em Búzios também não foi bom. Em 2006, ele conseguiu 2.039 votos. Agora, um pouco mais, 2.313. Está certo que na eleição anterior ele contou com ajuda do governo Toninho. Mas o governo estava dividido, indo a maior parte do esforço eleitoral para o deputado Alair Corrêa. Neste ano, Paulo Melo não deixou de contar com apoio da máquina. O secretário Ruy Borba, de seu partido, o apoiou. Dois vereadores da base do governo- Joãozinho e Felipe- também trabalharam para ele. Como vereador só é da base se tiver fatias do governo, indiretamente Melo contou também com a ajuda do governo Mirinho. Além disso, mais dois vereadores -Genilson e Nobre- fizeram campanha para ele.
Paulo Melo só não conseguiu mais votos porque perdeu o apoio politico do vereador Evandro - uma verdadeira máquina de fazer votos segundo os cânones da politica tradicional. (registre-se: politica da qual discordo radicalmente). Sózinho, quase transferiu todos os seus votos (802 dos 911 que teve em 2008) para o paraquedista desconhecido - na cidade- Christino Áureo (PMN). Quanta responsabilidade, "hein" vereador? E se o paraquedista nunca mais saltar por aqui?
O que fez em Búzios- ocupando o vácuo eleitoral deixado por Alair Corrêa- Paulo Melo repete em Cabo Frio. Seus votos na cidade pularam de 624, em 2006, para 5.447, em 2010, sempre com a ajuda do governo municipal. Não poderia ser diferente: quem vota por ideologia em Paulo Melo? Nem mesmo Nani.
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A porcentagem é realmente maior, mas o que conta é o número de votos que o deputado obteve. Abstenções, nulos e brancos diminuem o número de votos válidos. Consequentente, aumentam a porcentagem. Matemática elementar, meu caro amigo Michael. Mas valeu a defesa do campeão de votos vereador Evandro... Abraços.
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